domingo, 4 de agosto de 2013

Shadowrun Returns - JULGADO!

Bom, eu já falei tudo que queria dos acontecimentos pré-lançamento de Shadowrun Returns (perdeu?! O primeiro post foi Shadowrun Returns finalmente chegando e A controvérsia do Vapor em Shadowrun Returns. Mas, apesar da minha opinião super influente e difundida, o jogo saiu pelo Steam... cabe, agora, somente o julgamento.


O botão do mané morto ("Dead Man Switch") - a Campanha


Shadowrun Returns possui uma campanha que introduz o universo aos jogadores. Nela você é um shadowrunner (palavra bonita pra "mercenário") que recebe uma mensagem de um amigo depois que ele morreu. O cara fala que você era o único que deu bola pra ele enquanto estava vivo e que ele fez de tudo pra te mandar uma mensagem dizendo que vai te pagar uma grana preta caso você ache quem deu fim nele.

Na primeira batalha, tutorial, já aparece um Shaman e um NPC fala pra tomar cuidado com ele.

Enfim, essa história apresenta um plot bastante abrangente e leva o jogador a conhecer uma parte razoável do universo. É linear, mas isso não é problema, porque tudo é bem contado e interessante. Para encerrá-la com calma morrem cerca de 10 a 12 horas de jogo.



O único problema é que nem todas as habilidades dos personagem são úteis nessa história. Claramente os jogadores que priorizarem causar dano vão ter mais facilidade e recompensas. Caso você escolha fazer um decker (o cara do TI que entra na Matrix), ainda vai perder a oportunidade de fazer alguns puzzles... e resolvê-los é uma das partes mais divertidas do jogo...

A engine - jogabilidade


Como se trata de um RPG estratégico baseado em turnos, o sistema de movimentação funciona da seguinte maneira: fora das batalhas o movimento dos personagens é livre;


dentro das batalhas, as ações dos personagens são limitadas por seus AP (ou Action Points). Um ataque a longa distância gasta um ponto de AP, movimentar-se gasta um ponto de AP e movimentar-se e usar um ataque corpo-a-corpo gasta um ponto de AP. O problema é que não dá pra escolher onde seu personagem vai ficar quando ele se movimenta e realiza um ataque corpo-a-corpo. Ao que parece, isso acontece porque o jogo tem a proposta de funcionar do mesmo jeito para computadores e tablets, daí você só possui um toque (ou um clique) para definir a ação desejada.

E, por fim, temos a matrix!

Imagem retirada daqui.

A matrix é basicamente um ambiente de batalha que existe dentro dos computadores. Só que ao invés de usar armas, os Deckers (classe de personagem que literalmente entra no computador) usam "programas" que ajudam eles a bater em coisas que aparecem naquela virtualidade... é tão ruim quanto soa. Acredito que puzzles envolvendo algum uso sério de computadores poderia deixar essa parte do jogo mais atraente... mas muita elaboração nesta parte seria, basicamente, criar dois jogos dentro de um.

Se você não acredita que "puzzles envolvendo uso sério de computador" sejam possíveis, eu recomendo dar uma olhada em Quadrilateral Cowboy... que infelizmente ainda não saiu.


Enfim, fora o fato da matrix ser só uma extensão da batalha quase que exatamente igual a que está acontecendo na realidade, a proposta do Decker ficar vulnerável enquanto está resolvendo problemas dentro da matrix é legal e pode ser muito bem explorada.

O que eles realmente queriam fazer - O EDITOR

Imagem tirada daqui.

Como a campanha que vem no jogo é super curta (12 horas de jogo sem missões extras é muito pouca coisa), claramente, fazer só isso não era o objetivo do estúdio. A ideia principal em Shadowrun Returns, a meu ver,  era criar um editor onde qualquer pessoa pode criar conteúdo.

E foi isso que eles fizeram! Um editor razoavelmente simples que permite a você criar a história que você quiser para o mundo todo jogar. A única coisa realmente difícil de fazer nele é adicionar conteúdo de fora... pra importar uma imagem e usar de retrato de um personagem é um martírio.

Coisas boas virão disso, pode acreditar. Basta analisar os MODs de Skyrim pra ver que muita coisa legal vai aparecer... assim como algumas coisas escrotas, tão bem descritas neste quadrinho aqui.

VEREDITO

Vale a pena brincar! A campanha é curta e deixa querendo mais.  Mas conteúdo extra logo irá surgir e, além disso, vão ser lançadas as DLCs oficiais. Com isso, a engine do jogo vai demorar pra ser aposentada e você sempre vai poder jogar alguma coisa diferente nela.

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