Este texto já foi publicado na revista, mas é bom poder trazer ele pro blog! Review de Momodora: Reverie Under the Moonlight
Momodora Reverie Under the Moonlight é um jogo que conseguiu o dinheiro para o seu desenvolvimento através de financiamento coletivo.
Lançado originalmente no Steam em 4 de março de 2016. Mais tarde, em 16 de março de 2017, ele teve o port para Playstation 4 e Xbox One e, finalmente, em 10 de janeiro de 2019, saiu a versão para Nintendo Switch
Eu comprei Momodora em maio de 2021 no Steam, muito provavelmente por influência do canal Best Indie Games e em busca de um Metroidvania, já que clássicos foram responsáveis na minha conversão em fã do gênero.
A arte do jogo é uma referência perfeita à franquia Castlevânia: a pixel art homenageia os títulos dessa franquia da Konami que vão da origem até o Playstation original. Fora isso, ainda tem o tom sombrio, gótico, inconfundível de quem tem que chegar num castelo amaldiçoado e explorá-lo.
Em Momodora Reverie Under the Moonlight, você é Kaho, uma sacerdotisa. Sua aldeia está sofrendo com uma maldição e, para resolver isso, é necessário viajar até o reino de Karst para destruir a origem desse mal.
Mesmo antes de chegar no seu destino, num bosque, monstros começam a te atacar e personagens a te avisar que é uma péssima ideia ir até Karst. Nesta primeira parte tem um pequeno tutorial, onde todos os comandos e habilidades que você possui são ensinados.
Já sabendo o que cada botão faz, você chega na cidade, infestada de monstros e com diversas passagens bloqueadas. Para resolver os problemas, resta explorar o mapa, usar suas habilidades e conseguir novas para passar por diferentes tipos de obstáculos, enfrentar chefes e conversar com os cidadãos para tentar entender o que está acontecendo.
Eu escolhi jogar no nível de dificuldade "normal" porque eu acho que esse foi o nível de dificuldade pensado pelos desenvolvedores. Mesmo não estando no "difícil" ou "insano", poucos golpes de qualquer inimigo são o necessário para acabar com sua barrinha de vida.
Aliás, os inimigos são um destaque do jogo. Quando você começa a jogar pela primeira vez, assim que o tutorial termina, eles geram uma série de reações.
Primeiro, como eles causam muito dano, você tenta matar rápido, sem dar chance nenhuma de ataque. Mas não dá pra fazer isso em todos os cenários. Então, em alguns momentos, principalmente logo depois de salvar, passa a ser interessante deixar alguns ataques acontecerem, pra você poder analisar e chegar ao melhor jeito de reagir, desviar e como atacar eles.
Dncerrando, depois que você passou por aquele cenário umas três ou quatro vezes, a memória muscular já faz você usar a melhor estratégia pra tentar passar dali sem levar dano.
O jogo tem uma variedade razoável de inimigos, então demora umas duas ou três horas pra você saber o que fazer quando vê cada um dos bichinhos.
Mas aí vêm as diferentes combinações e uma trollada no final: alguns inimigos, mesmo sendo exatamente os mesmos que você já enfrentou, tem o ataque ou padrão diferente dos anteriores, meio que te desafiando, fazendo você prestar ainda mais atenção para testar seus reflexos, para te desafiar a criar uma nova estratégia para aquele cenário.
O jogo te premia por estudar os padrões dos adversários. Você tem que sentar e jogar com calma, sem pressa, deixar os inimigos usarem seus ataques para saber como eles são. Depois disso você consegue avançar.
Quando não dava certo atacar antes de ser atacado, eu tentava desviar dos adversários com pulos, esquivas. Se não desse certo esquivar, ajustava o posicionamento de tela e também o momento certo das minhas ações. No final, a jogatina virou uma mistura de tudo isso junto com um pouco mais de força bruta, já que as armas podem receber melhorias interessantes.
Me diverti bastante e me decepcionei com o chefe final, que foi bastante fácil. Felizmente o jogo me avisou que eu fiz o final ruim. Comecei a busca pelo final bom indo até cada canto do mapa para conseguir os 100%, mas, antes disso, descobri uma passagem que eu não tinha aberto. Um puzzle que eu prefiro não descrever mais. Afinal de contas, porque estragar a diversão de quem ainda vai jogar?
Eu diria que o maior problema deste jogo é ser curto, mas eu estaria errado, porque ele deixa um gostinho de "quero mais" quando acaba. A duração dele é exatamente a necessária: se você for um jogador mais casual, jogar e ver os dois finais é suficiente. Caso você queira a platina, você consegue mais algumas boas horas de jogo.
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