Eu estava vendo este vídeo aí em baixo sobre a atual geração de videogames, a 9ª (nona), e descobri uma coisa interessante. Vem comigo, vamos discutir isso.
Parte 1 da possível ascensão chinesa - decadência de Sony, Microsoft e Nintendo (vai ter parte 2, só não sei quando)
Estamos passando por um momento extremamente problemático para a indústria de games, principalmente para as fabricantes de console e para os produtores de jogos AAA, os jogos maiores, mais realistas e mais caros.
Vivemos um momento em que o tempo necessário para desenvolver um jogo é mais da metade da vida de um console e esse fato parece estar acabando com o modelo de negócios que foi usado até aqui. Vamos dar uma olhada em alguns lançamentos por console pra entender, começando pelo que foi publicado Rockstar Games.
- PS2: (1) Midnight Club: Street Racing, (2) Smuggler's Run, (3) Surfing H3O, (4) Oni, (5) GTA III, (6) Smugler's Run 2: Hostile Territory, (7) Max Payne, (8) State of Emergency, (9) GTA: Vice City, (10) Midnight Club II, (11) Max Payne 2: The Fall of Max Payne, (12) Manhunt, (13) Red Dead Revolver, (14) GTA: San Andreas, (15) Midnight Club 3: DUB Edition, (16) The Warriors, (17) Bully, (18) GTA: Vice City Stories, (19) Manhunt 2 - 19 títulos.
- PS3: (1) GTA IV (lançado em setembro de 2013, antes do PS4), (2) Midnight Club: Los Angeles, (3) Red Dead Redemption, (4) L.A. Noire, (5) Max Payne 3, (6) GTA V, (7) GTA Online - 7 títulos.
- PS4: Red Dead Redemption 2, Red Dead Online - 2 títulos.
- O PS5 foi lançado em novembro de 2020 e só vai sair um jogo da Rockstar pra ele em 2026, o GTA VI.
Daí até vem a piadinha infame: o PS2 teve 3 GTAs e o GTA V teve 3 Playstations.
Ainda sim, o investimento necessário para fazer jogos e o tempo de desenvolvimento cresceu tanto que a quantidade de títulos diminuiu absurdamente com a passagem de gerações.
E isso também acontece com desenvolvedores first party, como o Santa Monica Studio:
- PS2: Kinetica, God of War e God of War II - 3 títulos.
- PS3: God of War III e God of War: Ascencion - 2 títulos.
- PS4: God of War (2018) e God of War Ragnarok (2022; cross-gen) - 1,5 títulos.
- PS5: God of War Ragnarok (2022; cross-gen) - 0,5 título.
A Sony tem insistido em lançar aparelhos novos a cada sete anos, encerrando uma geração e começando outra desde o Playstation 3. Mas os estúdios, no geral, estão lançando jogos novos a cada 4 ou 5 anos, então parece que o ritmo em que chegamos é um título exclusivo para a geração vigente e outro cross-gen, diminuindo muito o catálogo disponível para aproveitarmos um videogame hoje.
Nesse cenário, cada uma das três grandes tem adotado uma uma estratégia diferente para continuar fazendo a receita crescer: no Switch original a Nintendo abriu bastante espaço para os indies e agora, quase no lançamento do Switch 2, parece que ela simplesmente decidiu aumentar os preços; a Sony está apostando todas as fichas em jogos como serviço (GaaS - Game as a Service) e tem muito pouco pra mostrar (acho que só Helldivers 2 deu certo); e a Microsoft decidiu virar uma publicadora (ou editora?) de jogos. A empresa criada por Bill Gates passou a comprar estúdios de jogos como se não houvesse amanhã para ter lançamentos o tempo todo.
Ao que tudo indica, como a Sony cancelou um monte de projetos antes mesmo de eles terem sido lançados e em função do capital investido nisso tudo, que não vai dar nenhum retorno, parece que a estratégia da casa do Playstation é a que tem dado mais errado.
Mas nem isso eu posso afirmar com certeza: e se os títulos foram cancelados antes do lançamento para eles receberem uma grana do seguro, igual Hollywood faz com alguns filmes e séries? Pode ser que o setor de games da Sony esteja bem e ninguém tá nem sabendo.
A Microsoft parece estar no caminho mais acertado, com o Game Pass e a compra desenfreada de estúdios.
E eu não quero falar da Nintendo. Temos que esperar para ver o que vai acontecer no lançamento do Switch 2.
Enquanto isso, empresas chinesas estão crescendo. Temos: Ayaneo, AYN, Powkiddy, Anbernic, Retroid Pocket e Trimui que eu lembro de cabeça. Tem até produtos literalmente sem marca, como o R36S, que foi o campeão de vendas do Aliexpress em 2024.
Não é demais pensar que vai surgir alguma marca chinesa que pode concorrer com Sony, Microsoft e Nintendo. Se a Xiaomi lançou seu primeiro celular em 2011 e agora, 2025, já é a terceira maior marca de smartphones no mercado mundial, o que impede de alguma outra chinesa se colocar bem no mercado de consoles justamente agora, que este segmento está em crise?
Isso sem falar em estúdios! Recentemente tivemos Black Mith Wukong e Marvel Rivals que vieram de estúdios chineses e foram sucessos absolutos. Vale a pena dar uma estudada em casos de empresas do país de Xi Jinping que alcançaram o sucesso, mesmo que em outros segmentos de tecnologia, para ver o que pode aparecer no futuro.
E, quem sabe, esse futuro pode não estar tão distante assim.
E você, o que acha de tudo isso? Escreve aí nos comentários e ajude o blog a crescer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário